Fomos pra Berlim em Setembro de 2010, todo mundo no Clio. Rotterdam-Berlim, 6 horas de estrada porque pegamos engarrafamento saindo da Holanda, mas muito bem compensados nas autobans alemãs que são o paraíso pros que gostam de dirigir. Velocidade de cruzeiro: 180km/h. No Clio! Os Audis e BMWs passavam que a gente nem os via!
Ficamos no hotel Konigin Louise, que aceita cachorro, fica pertinho de um parque lindo e é ótimo; mais uma dica do Booking.com.
A princípio, pra variar, eu estava empolgadíssima só com a possibilidade de comer. Só pensava nos strudels, nos chucrutes, salsichas, tortas e cervejas. Mas Berlin me surpreendeu em todos os sentidos e está entre minhas top 3 cidades do Europa ( Paris-Roma-Berlim). A cidade respira história e cultura e as pessoas são doces e solícitas. Eu li uma vez uma descrição pra Berlim que achei perfeita: é como "uma flor que renasceu na podridão". Você sabe que alí é o cenário de muitos dos espisódios mais bárbaros da história, mas ainda sim há algo de encantador no ar...
Como só tínhamos um fim de semana e não dava pra ficar andando muito com um bebê de 9 quilos no colo, pegamos logo o ônibus do CitySightseeing que fica em frente ao Hard Rock Café ( sou maníaca por Hard Rocks!) , só pra gente se ambientar e dar uma olhada geral na cidade. É legal porque você pode subir e descer em qualquer lugar e eles vão te explicando tudo por onde passam. Além de sempre te darem descontos em restaurantes e museus, e um mapa da cidade. Eu acho que vale a pena, ainda mais quando se tem criança, ou quando tá frio ou chuvendo. O ticket vale por 24 horas e a viagem inteira sem descer demora 2 horas e o último ônibus do dia sai às 17:30h O start point é no Brandenburger Tor, mas você pode pegar em vários pontos da cidade.
Fizemos o tour e fomos direto pro Eastside Gallery, que é uma extensão de 1,3km do Muro de Berlim que foi trasnformada em galeria de arte a céu aberto. É muito legal ver as manifestações de artistas e turistas do mundo inteiro. É um monumento à paz.
De lá pegamos novamente o nosso ônibus e voltamos pro Brandenburg Tor, que é o cartão postal de Berlim, todos os turistas se encontram alí. É lá que começa a Under Den Linden, a avenida principal de Berlin, onde estão vários cafés, lojinhas pra turistas, barraquinhas de Currywurst (o fast food alemão) e prédios históricos. Ela termina na Ilha dos Museus. Lá também tem o Hotel Adlon, aquele onde o Michael Jackson sacudiu o bebê dele na varanda, lembram? Assim que chegamos lá, havia um grupo de jovens distribuindo abraços de graça. Foi tão gostoso dar aquele abração de paz! E eles nuncam tinham abraçado um bebê tão pequenininho...Zé retribuiu o carinho com um sorrisão gostoso.
Fomos andando pro Reichstag, que é o Parlamento Alemão. No caminho comi o melhor sorvete de vanilla da minha vida, que era vendido numa barraquinha quase em frente ao Tor....Tava uma fila enorme e chuvendo muito. Deixei o Zé com o Rick debaixo da marquise e fui pra fila, até que logo uma alma caridosa nos salvou e nos deu prioridade na entrada. Há uma entrada lateral para as prioridades, cadeirantes, gestantes, famílias com criancinhas e idosos. Pra subir e descer, muito legal. E é de graça. A visita ao Parlamento é um must na cidade. Você tem uma vista panorâmica de 360 graus da cidade e recebe uns aparelhos de audio guide que vão contando toda a história ao redor dalí a medida que você sobe a rampa em espiral e torna a subida quase imperceptível. Eu imagino que num dia de sol, o gramadão em frente ao Parlamento vire um grande parque, perfeito para piqueniques.
De lá pegamos o metro e voltamos pro nosso ponto de partida, passando pelas Potsdamer Platz e Alexander Platz, as praças famosas que dão um ar de modernidade à cidade.
Fomos jantar no Augustiner (aqui o site em alemão)no Mitte, que é o bairro badalado, por indicação de uma local e comemos a melhor comida alemã ever! A cerveja então....maravilhosa! O restaurante é uma tradicional Bierhaus, com aquele clima de festa alemã sempre. Garçons atenciosos, comida rápida, sobremesa honesta. Não invente de ir em outro lugar.
No domingo continuamos nosso passeio no ônibus vermelhinho, passeamos pela Champs Elysées de Berlim, a Kurfürstendamm, depois fomos ao Zoológico fazer uma visita ao falecido ursinho Knut e depois fomos a pé até o Pergamo Museum, parando em várias lojinhas de souvenirs, e no Hotel Radisson Blue, que tem um aquário gigante por onde passa um elevador, é fantástico. O museu é sur-re-al! Tem que ir.
Saímos do museu e pegamos um taxi-bike, com um alemãozão muito gente fina que nos levou até o Museu Menorial do Holocausto, passando pelo site do bunker de Hitler. Na boa, não vale a pena ir a nenhum desses dois. Deprê demais, você sai chorando. Bizarro. Mas o passeio valeu muito a pena, ele foi nos mostrando tudo e fazendo piadinhas. Falou inclusive que não era legal ir ao bunker, mas insistimos...
Se você vai ficar mais de 4 dias em Paris e quiser conhecer mais a França, aqui estão alguns roteiros de viagens rapidinhas que podem ser feitas de trem, mas você aproveitará muito mais indo de carro.
-Versailles, obviamente.
- Roteiro Monet : Manhã em Giverny/ tarde em Étretat. Melhor ir de carro pois a estrada é linda.
- Lisieux ( casa e basílica de Santa Terezinha) e Étretat.
- Provins -50 minutos de Paris- cidade histórica patrimonio da Unesco, por lá passaram reis e Joana D'Arc, era uma das principais cidades da Idade Média devido ao seu comércio. Tem um restaurante recomendado pelo guia Michelin maravilhoso , o Aux Vieux Remparts.
- Vale do Loire, castelos de Chambord e Chenonceau ( é bom ir de carro e dormir por lá. Tem pousadinhas super aconchegantes, assim como restaurantes ótimos)
- Saint Malo e Mont Saint Michel (dorme em Saint Malo)
A Islândia era um sonho do Rick. Quando ele me propôs de ir pra lá, eu disse: "que diabos vc quer ir fazer na Islândia, aquilo não é um iceberg enorme??" Logo eu, a ex-rainha da Barsa e a atual Google Queen, como assim eu não sabia o que tinha pra fazer lá?
Eu não tinha noção do que fazer lá, ainda mais com um bebêzinho de 7 meses, num frio polar! Não sabia o nome de nenhuma atração, só sabia que a capital era Reykjavik. Quando comecei a planejar, nós estávamos na Holanda e, acho que por isso, quando procurava informações no Google em Português, Inglês ou em Francês, nunca vinha nada concreto sobre a Islândia. Eram sempre informações fracas, incompletas, do tipo: "Há 4 ovelhas para cada habitante".
Daí achamos umas passagens baratas pela Icelandair (ótima!) e depois fomos nos virando pra achar o roteiro. Deu trabalho, viu? Mas finalmente, depois de falar com uma amiga da Noruega que já tinha ido lá, comecei a achar as agências de viagens islandesas e fazer contatos. E não é que eu me surpreendi? A maior cuspida na cara que já levei...
A Islândia tem TANTA coisa pra fazer, principalmente pra quem gosta de aventura como a gente, que foi difícil definir nossa prioridade! Além disso, é um país desmilitarizado, com gente bacana, com uma cerveja maravilhosa, a Viking, música boa, e não é um iceberg enorme, alíás, tem mais paisagens pretas do que brancas. Dá uma olhadinha só nesse vídeo:
Nós fomos em Novembro, que teoricamente é outono, mas como em qualquer lugar no hemisfério norte, pode chamar de inverno. Chegamos numa sexta-feira a noite e voltamos na segunda de manhã.
Há vários pacotes que oferecem passeios de ônibus, mas como tínhamos o Zé, ninguém nos aceitou. Disseram que um bebê iria “disturb” os outros turistas... Resolvemos alugar um carro na nossa chegada e fechamos um pacote com a Superjeep.is para o fim de semana; eles são o máximo, porque o jeep deles cabe no máximo 7 pessoas mas nunca vai lotado e é muito mais excitante.
Assim que chegamos, pegamos o carro no aeroporto (na Avis) e fomos direto pro Blue Lagoon, que é um Spa que tem uma lagoa com água do mar a 40 graus Celsius e de um azul absurdo. Na verdade, eles canalizaram a água do mar pra esse local que é uma área geotérmica, cheio de pedras que mantém a água do mar sempre quentinha, e essas pedras são ricas em lava sílica, que é ótima pra pele. O lugar é mágico, e tem uma super infra-estrutura. Você pode alugar toalhas e roupões, e ganha uma pulseira magnética com a qual é possível fazer compras nos bares molhados e massagens. Tem 2 saunas, uma a vapor e outra seca. No vestiário tem shampoo e condicionador a vontade e secadores de cabelo. Funciona o dia inteiro até 22h. Eles tem um restaurante ótimo.
De lá fomos jantar em Reykjavic (pronuncia-se Reiquiavique), na Hamborgarafabrikkan, dica da gerente da lojinha do Blue Lagoon. É um restaurante no estilo Hard Rock Café, onde a especialidade é o hamburguer de Ovelha. Tem de boi também. Tudo é delicioso, atendimento perfeito, e eles tem um dj que só toca música islandesa, e são maravilhosas!
Depois pro hotel. A princípio iríamos ficar no Radisson Blue, mas acabamos optando pelo Icelandair Hotel porque tem piscina coberta; fica a 10 minutos a pé do centro, mas estava tão frio que acabamos não saindo pra passear. Se você que está lendo precisar de alguma dica de hotel, me manda um e-mail que eu te ajudo a achar um bem localizado.
(By the way, a night lá vai de 1am as 8am, já q nessa época eles só tem 5 hrs de sol.)
Ah, antes que eu me esqueça : agendamos todos os hotéis nas nossas viagens pelo Bookings.com . Muito bom, pode confiar!
No dia seguinte, sábado, o Axelo, nosso guia, nos pegou as 8:45 no hotel e fomos fazer o Golden Circle, q é o passeio basicão, q inclui os Geysers, cachoeiras lindas, vulcões e a falha geolócica que divide entre América e Eurásia. Vale muito a pena.
Thingvellir - O primeiro Parlamento do mundo
Divisão entre as placas tectônicas vista por cima, e aqui pela água, que é meu sonho!
Strokkur
Gullfoss - O maior frio que já senti na vida! Tava tão frio que eu quase desisti de tirar essa foto!
Extinto vulcão Kerió
Glacier Langjökull - 1,6km de gelo embaixo dos nossos pés! Aí só se chega de Jeep.
Nesse mesmo dia a noite fomos à procura das Northern Lights. Na verdade eles tem uma forecast de aurora boreal, então eles mais ou menos já sabem se e onde elas vão aparecer, mas como todas as previsões, as vezes falha...
Mas thanks God, demos muita sorte, porque conseguimos ver numa montanha em Reykjavik mesmo, de onde também dava pra ver todas as luzes da cidade, um espetáculo. Esse foi o momento que eu mais esperava, era a única coisa que eu realmente queria ver, e foi como um sonho...
As luzes não são aquele verde toodo q vcs veem nas fotos, é q a foto capta melhor a luz dela, mas mesmo assim, é muito impressionante. É como um vento, uma nuvem colorida que fica dançando no céu numa velocidade incrível.
Momento muito emocionante!
Surreal!!
E lá atrás Reykjavic e a Luz da Yoko Ono, Imagine Peace.
Eu adoraria ter passado uma noite num hotel no interior, pois de lá dá pra ver melhor. Mas ai tem que ter mais tempo lá...Next time, for sure!
Bem, esse passeio pra ver as luzes dura até 4 hrs, pois é o tempo e a distancia q eles se dão pra achar. Como a gnt já achou rápido, ficamos uma hora lá olhando...Foi lindo demais, mas um friiiiiiiiio!
Well, no dia seguinte pegamos uma tour mix de South Coast + Thorsmork. Na South Coast a gente vê as praias de areia negra, várias cachoeiras, lagos, vulcões, é tudo muito lindo. O Thorsmork era um parque, um dos poucos lugares onde havia árvores, e que infelizmente foi destruído nessa última erupção em março desse vulcão que fechou os aeroportos da Europa. É impressionante ver a destruição ao redor...ainda dá pra ver alguma fumaça saindo de cima dele.
E pra chegar lá perto a gnt passa por rios congelados. Aliás, esses rios se também depois da erupção que derreteu os glaciers que estão em volta.
Amanhecer do sol às 11am. O sol fica nessa altura o dia inteiro, quer dizer, durante as 4 horas que ele aparece... A luz mais linda do mundo...
Dyrhólaey... não parece cenário de filme de ficção científica?
Esse é o cavalo islandês, ele é tipo um pônei, único a fazer 5 movimentos.
Ê mundão...
Skógarfoss / -12C , que coragem!
Mais um por do sol inesquecível às 15:30h
Esse aí é o Eyjafjallajökull - a fumaça lá em cima é só pra lembrar que ele ainda tá ativo...
Ice-road
Nosso guia Axelo
Tem muita muita coisa pra fazer por lá. Pra quem gosta de aventura é um prato cheio. Tem cavernas de lava, de gelo, glaciers, escaladas pra vulcão, rafting, rapel, passeio de helicóptero, whale watching, mergulho nos lagos de água super cristalina e potáveis, rios cheio de salmão e truta, enfim, foda!
A noite, só pra fechar com chave de ouro, o recepcionista do hotel nos avisou que dava pra ver a aurora do estacionamento do hotel...e dava mesmo!
Ó lá ela again!
E foi isso.
Agora a melhor época pra ir lá seria de setembro a março, mas eu iria em março...
Sim, em relação ao dinheiro, os passeios são BEM caros.
Nossos 3 passeios com a Superjeep.com deram em média 1500 euros. O Blue Lagoon foi 28 pra entrar pra cada, + 5 pra cada toalha + 8 pra cada robe. Mas vale muito a pena. O Hotel foi 186 pras 3 noites, sem café da manhã, que era mais uns 14 euros pra cada.
O carro que alugamos foi uns 80 euros.
Os jantares deram na média de 50 euros pros dois.
Já fizemos a promessa, e daqui a 15 anos passaremos no mínimo 15 dias lá com o Zé!
E ah, o Zé nunca dormiu taaaaaaaaaanto na vida! Foram 2 dias dormindo dentro do carro, não incomodou ninguém!
Meu anjo <3
Qualquer dúvida é só me email-ar : djpatyrios@hotmail.com
Amamentar é sem dúvida o maior prazer que eu já tive nessa vida. Recentemente uma mãe foi impedida de amamentar dentro de um espaço cultural em São Paulo e um grupo de mãe organizou um "Mamaço" como forma de protesto. Eu fiquei tão chocada com essa atitude infeliz dessa funcionária louca que resolvi dividir as minhas fotos amamentando por esse mundo...