domingo, 13 de novembro de 2011

Dicas - Bruges


Saindo de Bruxelas, partimos em direção ao litoral. Próximas paradas: Bruges e Gent. Bruges está a cerca de 100km de Bruxelas, enquanto Gent fica localizada a 57km. Ambas são cortadas por canais e preservam a arquitetura e o estilo medieval em suas ruas e fachadas. Por aqui, continuamos nossa aventura de descobertas de chocolates e cervejas.

Bruges

Visitada diariamente por milhares de turistas, essa cidadezinha tem a difícil missão de competir pelo posto de destino mais romântico da Europa. Patrimônio da UNESCO desde o ano 2000 e considerada por alguns como a Veneza Belga, a cidade guarda, em suas ruas e canais, séculos de história, que podem perfeitamente ser descobertos a pé. Aliás, andar por Bruges talvez seja a atração turística mais romântica da cidade.

Começamos nosso passeio pela Markt, a praça central de Bruges, que abriga o Beffroi – uma torre com um carrilhão com 47 sinos, que é acionado por um mecanismo do século XVIII, como uma caixinha de musica. Do alto da torre (bem do alto, pois são 366 degraus e 83m de altura), é possível ter uma linda vista da cidade.



Beffroi da praça Markt





Saindo da praça, seguimos em direção à praça Burg, que fica bem próxima. Lá, encontra-se o Stadhuis (Prefeitura), que abriga um pequeno museu sobre a história da cidade. Ao lado da prefeitura, fica a Heilig Bloed Basiliek (Basílica do Sangue Sagrado), que recebe muitos visitantes curiosos pela suposta urna com gotas de sangue de Jesus Cristo.



Heilig Bloed Basiliek (Basílica do sangue Sagrado)



Seguimos então em direção à rua Wijnzakstraat, para visitarmos o Choco Story – The Chocolate Museum, ou simplesmente Museu do Chocolate. Cheguei lá achando que seria um programa de índio, mas realmente me surpreendi. O museu conta história do chocolate que passou de oferenda aos deuses Astecas à medicamento e chegando, finalmente, à se tornar um doce mundialmente apreciado.

O museu expõe filmes e peças de época, além de explicar o processo de fabricação e nos proporcionar uma degustação no final da visita.

 



Vale lembrar que o museu conta toda a história do chocolate para crianças, com cenas recriadas com playmobil. Realmente muito interessante para os pequenos.

No final da visita também tem uma exposição com esculturas de chocolate. O difícil é tirar foto sem arrancar pedaço!!!





Escultura de chocolate no Choco Story

Depois da degustação de chocolates pralinés, fizemos uma pausa para o almoço. Escolhemos um restaurante dos nossos hermanos argentinos. O restaurante El churrasco Argentino, na rua Vlamingstraat 76, propõe várias opções de churrascos e grelhados por preços bem razoáveis, pois, afinal, Bruges é uma cidade turística e encontrar comida barata não é nada fácil.

Nós escolhemos uma Brochete, acompanhada por salada e adivinhem... fritas!!!


Brochete dos Hermanos



O restaurante fica bem em frente ao edifício da primeira bolsa de valores do mundo, a Huis ter Beurze. O prédio foi restaurado, mas não conseguimos descobrir se é possível visitar o seu interior.





Primeira bolsa de valores do mundo, a Huis ter Beurze

Bem alimentados, continuamos nosso passeio gastronômico e fomos atrás de uma sobremesa digna do país chocólatra. Escolhemos o café De Proeverie tea room, que pertence ao chocolatier instalado do outro lado da rua.



De Proeverie tea room – Alguém gosta de cupcake?



Ao entrar, escolhemos no cardápio o famoso chocolate quente que trazia a seguinte descrição:

“Chocolate chaud « de Proverie »

Mondialement apprécié par les connaisseurs. Se prépare directement à la table en incorporant du Chocolat Sukerbuyc, fondu au bain marie, dans le lait chaud”.

Pensei em traduzir pro português, mas acho que as fotos abaixo já dizem tudo.




Chocolate quente fantástico do De Proverie


Depois de mais algumas voltas na cidade, paramos no t’ Bruges Beertje, um templo da cerveja, que possui uma carta com mais de 300 rótulos de cervejas. O problema é que a educação dos atendentes é inversamente proporcional à quantidade de cervejas e, como não tinham mesas disponíveis, os atendentes não nos deixaram esperar e, literalmente, nos colocaram pra correr.


Muita cerveja, pouca educação


Pois bem, nos colocaram pra correr, mas não perdemos a vontade de beber. Como não iríamos beber 300 cervejas, paramos em um simpático pub (Belgian Beer Pu Don Quichotte) e provamos algumas cervejas locais, entre elas a cerveja Amber Pawel Kwak (Kwak, pros íntimos), que tem como destaque sua inconfundível taça.


Cerveja Kwak, 8,4%



Como começou a chover, não pudemos fazer o famoso passeio de barco pelos canais, mas voltamos no dia seguinte (ainda com chuva) para, simplesmente, caminhar pelas românticas ruas de Bruges.


















Próximo destino: Gent

Um abraço e até Breve.

Por Fabrício Bezerra, irmão da Paty




domingo, 30 de outubro de 2011

Bruxelas - Tapis de Fleurs/Tapete de Flores/ Flower Carpet

Não tinha a mínima noção de onde estávamos indo. Meu marido resolveu me fazer uma surpresa num sábado de manhã, portanto não pude planejar nada. Pela primeira vez na vida, adorei não ter feito planos. 

Chegar na Grote Market/Grand Place, que é considerada por muitos a praça mais bela da Europa, e me deparar com aquele tapete imenso e colorido de flores foi muito emocionante! Que sorte a nossa de estar alí naquele momento.

Em Bruxelas, a cada 2 anos depois de sua criação em 1971pelo arquiteto paisagista E. Stautemans, o fim de semana de 15 de agosto, festa da Assunção  , é coberto por um tapete de mais ou menos 2000 metros quadrados de meio milhão de begônias (umas 300 por metro quadrado). Mais de uma centena de voluntários são necessários para arrumá-las sobre um desenho de tamanho natural feito em plástico micro perfurado, onde eles encaixam flor por flor. As begônias são produzidas por produtores locais, principalmente de Gand e da Flandre-Orientale. Cada tapete é desenhado a partir de um tema particular. 
Em 2010 o tema foi a Europa no coração de Bruxelas, uma homenagem à presidencia belga da UE.

Ano que vem tem de novo, se tiver a oportunidade, não perca! 




Qualquer um pode subir alí na sacada pra ver, é só pegar uma filinha...




E não se esqueça de comer um waffle quentinho com Nutella e morangos! 

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Dicas - Bruxelas


Bruxelas

Sede da União Européia, se engana quem pensa que a Bélgica é só chocolate, cerveja e batata-frita. O país também é famoso por seus personagens célebres, dentre os quais podemos destacar o jornalista investigativo Tintin e seu fiel escudeiro Milu - criado por Hergé - , os queridos e azuis Smurfs (que não sei porque se chamam Schtroumpfs por lá) – criado por Peyo - , e pelo eterno Grande Dragão Branco, Jean Claude Van Damm

Selecionamos os pontos turísticos mais importantes para nós e planejamos nosso percurso pelo Museu Horta, Atomium e Grand-Place e arredores. É importante lembrar que existem muitos outros pontos interessantes em Bruxelas, como o Museu de Belas Artes (Musées Royaux des Beaux-Arts) e o Museu de Histórias em Quadrinhos (Centre Belge de La bande dessinée).





Tintin e Milu, Papai Smurf e Soldado Universal


Museu Horta

Com presença marcante na arquitetura da cidade, o estilo Art Nouveau foi criado na Bélgica, no século 19. Sendo assim, não poderíamos deixar de ir ao principal museu deste estilo no país, o Musée Horta, que era a residência do Arquiteto Victor Horta. Outro motivo muito importante para esta visita é que a Roberta, minha esposa, exigiu.

A casa foi pensada nos mínimos detalhes, desde a maçaneta das portas, até os corrimãos das escadas. Todos os móveis foram desenhados pelo arquiteto, que, além de usá-la como sua residência, também foi responsável por várias outras obras importantes na cidade, como Hôtel Tassel (junto com o Musée Horta, são patrimônio da UNESCO), o Museu de Histórias em Quadrinhos e o Palácio des Beaux-Arts (já no estilo Art-déco).

Infelizmente, o museu não autoriza fotografias no seu interior, logo, vamos ficar só com a foto da fachada, onde já é possível ver os detalhes do estilo nas portas e janelas.


Maison Horta (1898-1901) (Atualmente Musée Horta)


Grand-Place (Grote Markt)

Considerada por Victor Hugo (autor de Les Miserables) como a praça mais bonita do mundo, a Grand-Place é o centro turístico de Bruxelas. A praça abriga diversos prédios históricos, com belas fachadas de estilo barroco e flamenco. Vale a pena sentar e observar o todo e, depois, se aproximar de cada fachada, para reparar os detalhes (Se tiverem tempo, vale a pena voltar à praça à noite, pois os prédios recebem iluminação especial).

O Hôtel de Ville é o maior prédio da praça e é aqui que se encontra um dos pontos de informações turísticas da cidade. Bem em frente ao Hôtel de Ville, está localizado o Maison Du Roi, que abriga o Musée de La Ville. Além de peças que recontam a história da cidade, o museu também expõe as 650 roupas do Manneken-Pis, o clássico menino-mijão de Bruxelas.


Hotel de Ville

Antes de sair da praça, é preciso fazer uma parada estratégica na estátua d’Everard’t Serclaes, que marca o local onde morreu este defensor da cidade. Dizem que quem passa a mão na estátua terá sorte. Quem quiser, pode passar lá pra pegar um pouquinho de sorte e um muitão de bactérias. Há quem diga que tem tanta bactéria que uma mata a outra e, com isso, no final acaba tudo bem.

Mas não vai pensando que é só passar a mão e ir embora. Tem todo um ritual. Tem que passar a mão no cachorro, no escudo, na cabeça do anjo, na cabeça da estátua, deslizar a mão até seus pés e não se esqueçam do ratinho que fica próximo ao chão. Pra resumir, é só passar a mão em tudo que estiver brilhando (é só imitar o passador de mão antes de você). 


Estátua de Bronze que todo mundo passa a mão


Bem pertinho da praça, na rua ao lado do Hôtel de Ville, fica a famosa estátua do Manneken-Pis. Ninguém consegue explicar porque a estátua de um menino mijando numa fonte faz tanto sucesso, mas o fato é que ir em Bruxelas e não ver o Manneken-Pis é o mesmo que ir à Minas e não comer pão de queijo!!!

Outro detalhe é que desde 1700, o manequinho é vestido e despido todos os dias. No dia em que o visitamos ele estava devidamente caracterizado de jogador de baseball.


Manneken-Mijão

Já que estávamos perto da praça, resolvemos dar uma passada na galeria Saint-Hubert. Com seu lindo teto de aço e vidro, a galeria foi a primeira grande galeria da Europa e conta com dois cine-teatros, além de várias lojas e cafés. Vale a pena conferir, nem que seja só pra admirar o belo teto.



Galeria Saint-Hubert



Durante o passeio pela Grand-Place e seus arredores, passamos por diversas lojas de chocolates. Compramos um saquinho com sabores diversos e continuamos nosso percurso.

Pros chocólatras, segue a lista dos Top 10:

  1. Léonidas
  2. Godiva
  3. Neuhaus
  4. Corné Toison d’Or
  5. Wittamer
  6. Pierre Marcolini
  7. Mary
  8. Galler
  9. Biscuiterie Dandoy
  10. Jules Destrooper



Vitrine da Godiva 



Atomium

Construído em 1958, para a Exposição Universal (a mesma que construiu a torre Eiffel), esta gigantesca molécula de ferro (cúbica de corpo centrado – CCC, não podia deixar de citar) fica há poucos minutos do centro de Bruxelas.

Citada por muitos como uma das grandes roubadas de Bruxelas (disputa o posto com o manequinho), o Atomium merece a visita, nem que seja pra tirar uma foto aos seus pés.



O Atomium (Cúbico de corpo centrado)


Nós subimos e pudemos conhecer os detalhes de sua construção, através de vídeos e maquetes, além de presenciar uma exposição do arquiteto brasileiro Sérgio Bernardes. Também é possível pegar um elevador e conferir a vista dos arredores no terraço panorâmico, que conta ainda com um belo restaurante.

Depois de sair de Bruxelas, seguimos nosso caminho na direção de Gent.

Um abraço e até breve.





Por Fabrício Bezerra, irmão da Paty


terça-feira, 25 de outubro de 2011

Chimay - Bélgica

Como estou morando em Dunkerque, no extremo norte da França, a 20 km da fronteira da Bélgica, eu e minha esposa Roberta, decidimos visitar a Bélgica, pois já havíamos passado 12 dias visitando a França em Abril deste ano. 

Não tínhamos muitos dias livres, logo, fizemos o roteiro clássico, sugerido por todos os guias de viagem: Bruxelas, Gent e Brugges. 

Ao começarmos a pesquisar sobre a Bélgica, vimos que o país é muito famoso pela batata frita (eles disputam com a França o título de quem as inventou, apesar do prato se chamar french fries...), pelo chocolate (vamos abordar este assunto em breve) e pela cerveja. Sim, a cerveja!!! Os belgas têm outra disputa particular sobre este assunto, mas agora a briga por quem é o melhor produtor é com a grande potência no assunto: A Alemanha. 

A Bélgica é famosa por produzir uma enorme variedade de cervejas, inclusive com sabor de frutas (que confesso não querer experimentar outra vez). Mas também existem outros tipos de cervejas muito apreciadas: são as cervejas trapistas. 

A Bélgica possui 06 marcas de cervejas trapistas, que são produzidas por monges da Ordem Trapista. São elas: Chimay, Orval, Rochefort, Westmalle, Westvleteren (da Saint-Sixtus) e Achel. O outro monastério cervejeiro fica na Holanda (La Trappe). Ao ler sobre estes mestres cervejeiros, descobrimos que a Chimay, possui um hotel e um restaurante temático da cerveja e resolvemos, portanto, fazer a única (e feliz) alteração no roteiro.



                                                             Rota das cervejas trapistas na Bélgica



Chimay

Começamos nosso passeio por Chimay, que fica cerca de 2h de carro de Lille.

Decidimos nos hospedar no hotel Auberge de Poteaupré, que fica no mesmo complexo do restaurante e da abadia.

Hotel Auberge de Poteaupre

O Hotel é temático e não nos deixa esquecer que estamos sob os domínios da famosa cerveja Chimay. No frigobar do nosso quarto, tínhamos à nossa disposição cervejas à 2 euros a garrafa. O sonho de qualquer amante de cerveja. 

Frigobar do nosso quarto (quarto Chimay Bleue)

Deixamos nossa bagagem no quarto e fomos pro restaurante da Chimay, logo abaixo do hotel. Na entrada, uma lojinha com produtos da marca, como queijos, camisas, bonés e tudo mais o que combina com cerveja.

Produtos antigos, apresentados como um museu da marca

Os queijos produzidos na própria abadia.

Já no restaurante, pedimos uma “tabua” de degustação de cervejas e descobrimos que eles têm uma cerveja especialmente produzida para os clientes do restaurante, que não é vendida em nenhum outro lugar do mundo. Então, se vocês quiserem provar a cerveja Chimay Spéciale Poteaupré, convido-os a visitar o restaurante.


Tábua” de degustação

Pra acompanhar a nossa tábua de cervejas, tivemos a difícil missão de escolher uma das tentadoras entradas do cardápio. Depois de muita indecisão, escolhemos a tábua de queijos locais. 





Como prato principal, eu fiquei com um belo salmão grelhado com legumes, enquanto a Roberta pediu um prato à base de camarões e molho de tomate, que ela classificou como: “O melhor molho de tomates da minha vida”. 


No final do jantar, vimos que o cardápio, que é recheado de histórias e informações importantes (sobre as cervejas belgas) é feito para ser levado de recordação. Pra fechar a noite, deixo a nossa lembrança do restaurante.


Freezer do restaurante

Nosso café da manhã foi no mesmo restaurante, mas com uma vista reveladora. O terraço é super convidativo e segundo os funcionários, fica lotado durante todo o verão. 

Terraço do restaurante Chimay


Antes de seguirmos caminho rumo à Bruxelas, passamos na Abadia de Notre-Dame de Scourmont, onde ficam os culpados por nossa noite anterior. 



A entrada da abadia é linda, com um jardim japonês muito bem cuidado. Como não havia ninguém na recepção, entramos e demos de cara com um jardim mais bonito ainda, com árvores centenárias. 


Jardim da Abadia de Notre-Dame de Scourmont

Tivemos outra surpresa ao chegar no cemitério da Abadia, pois descobrimos que a cerveja e o queijo artesanais dão vida longa aos monges. As fazermos as contas, encontramos uma média altíssima dos nossos amigos cervejeiros, que vivem fácil, fácil, mais de 80 anos. 


Despedimos-nos desta simpática e deliciosa surpresa e fomos conferir a próxima cidade do roteiro: Bruxelas. 







Por Fabrício Bezerra. 





































segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Luxembourg City, Chateau de Beaufort e passeio de bike pela Route do Vin/ Rio Moselle


O país é muito pequeno é para visitá-lo, é preciso estar de carro (ou de bicicleta rsrsrs). Para ter idéia de como o país é pequeno, veja abaixo a previsão do tempo (a mesma, para todas as regiões do país). Afinal, são 80km de norte a sul e 55km de leste à oeste.




No centro antigo da cidade, fica a Place d’Armes, que fica cercada de restaurantes. No verão as calçadas ficam cheias de mesas e vários eventos culturais acontecem no palco fixo da praça. Todo mundo querendo aproveitar o sol, que nesta estação, se põe depois das 22h.

Place d’Armes

Saindo da praça d’armes, é possível visitar vários pontos interessantes da cidade, como o mirante no Boulevard Franklin Roosevelt, de onde podemos tirar boas fotos das pontes enormes que ligam os dois lados do centro da cidade. 

                   Vista da Ponte Adolphe, a partir do mirante

Ao lado do mirante fica o ponto inicial do ônibus que passa pelos principais pontos turísticos da cidade. Mas atenção, vale confirmar os horários do ônibus, pois ele varia bastante durante as estações do ano.

Poucos metros dali, fica o museu de arte de Luxemburgo, o Villa Auban. O museu não é grande e sempre traz exposições pra cidade. Tive a oportunidade de ver pinturas sobre a navegação holandesa e sua influência nos países da região. 


Museu de arte de Luxemburgo

Voltando pro centro, pertinho da place d’Armes, encontramos o palácio do grão duque de Luxemburgo. Isso mesmo, Luxemburgo é um grão-ducado. O único ainda existente.

Palácio do Grão-Duque de Luxemburgo

Depois de conhecer o centro antigo, é possível visitar as casamatas. Estas construções foram escavadas nas encostas de um vale, bem no centro da cidade, como forma de defesa. São quilômetros de túneis. Se você quiser conferir, é melhor optar por um calçado confortável, pois você vai ter que encarar escadas, rampas e alguns trechos com o chão molhado.

Saindo da capital, fui para a vila de Beaufort, para visitar o castelo da cidade. Luxemburgo tem tanto castelo que foi criada a Associação de Castelos de Luxemburgo, com o objetivo de preservá-los e incentivar o turismo.




Construído no século 11, o castelo pertencia à uma família Luxemburguesa à várias gerações (desde 1893), mas desde 1981, as ruínas do castelo foram cedidas para o governo e transformadas em museu.


A família ainda continua habitando no terreno, mas a residência foi completamente separada do museu.


A visita ao castelo é realmente legal e é possível visitar todos os antigos cômodos, aprender um pouco sobre os métodos de defesa utilizados na época. Destaque para a câmara de tortura, que ainda guarda alguns aparelhos da época.





No final da visita, não perdi a oportunidade de provar o um kir Royal, pois o licor de cassis é uma iguaria típica da região. O drink foi preparado com o licor produzido nas dependências do castelo e com um espumante produzido no país, às margens do rio Moselle.






De Beaufort, parti para o almoço no restaurante do hotel Au Vieux Moulin. Como diria um amigo francês, não estava nada mal. Pedimos um menu degustação, que oferece um pouco de cada item do cardápio. Realmente muito bom.







Outra coisa bem legal, não muito distante, é fazer um passeio de bicicleta às margens do rio Moselle, que faz fronteira entre Luxemburgo e a Alemanha. Aluguei uma bike num camping na cidade de Wormeldange, na Route du Vin e segui pela ciclovia, num passeio bem agradável.





Às margens do rio, existem inúmeras vinícolas e após alguns minutos de passeio, paramos na Caves Cooperatives des vignerons Wormeldange. Eles são os principais produtores do crémant Poll-Fabaire, o espumante luxemburguês, e de vinhos branco. É possível visitar a produção, assistir um vídeo sobre o processo produtivo e ainda participar de uma degustação.





Da visita à produção, partimos para a degustação, onde nos foram oferecidas taças dos vinhos Auxerrois, Pinot Blanc e Riesling, além, claro, do crémant brut. Como um bom programa turístico, o final da visita sempre acaba em uma lojinha.






Por Fabrício Bezerra, meu irmão querido que tá morando em Dunkerque, no norte da França.