terça-feira, 25 de outubro de 2011

Chimay - Bélgica

Como estou morando em Dunkerque, no extremo norte da França, a 20 km da fronteira da Bélgica, eu e minha esposa Roberta, decidimos visitar a Bélgica, pois já havíamos passado 12 dias visitando a França em Abril deste ano. 

Não tínhamos muitos dias livres, logo, fizemos o roteiro clássico, sugerido por todos os guias de viagem: Bruxelas, Gent e Brugges. 

Ao começarmos a pesquisar sobre a Bélgica, vimos que o país é muito famoso pela batata frita (eles disputam com a França o título de quem as inventou, apesar do prato se chamar french fries...), pelo chocolate (vamos abordar este assunto em breve) e pela cerveja. Sim, a cerveja!!! Os belgas têm outra disputa particular sobre este assunto, mas agora a briga por quem é o melhor produtor é com a grande potência no assunto: A Alemanha. 

A Bélgica é famosa por produzir uma enorme variedade de cervejas, inclusive com sabor de frutas (que confesso não querer experimentar outra vez). Mas também existem outros tipos de cervejas muito apreciadas: são as cervejas trapistas. 

A Bélgica possui 06 marcas de cervejas trapistas, que são produzidas por monges da Ordem Trapista. São elas: Chimay, Orval, Rochefort, Westmalle, Westvleteren (da Saint-Sixtus) e Achel. O outro monastério cervejeiro fica na Holanda (La Trappe). Ao ler sobre estes mestres cervejeiros, descobrimos que a Chimay, possui um hotel e um restaurante temático da cerveja e resolvemos, portanto, fazer a única (e feliz) alteração no roteiro.



                                                             Rota das cervejas trapistas na Bélgica



Chimay

Começamos nosso passeio por Chimay, que fica cerca de 2h de carro de Lille.

Decidimos nos hospedar no hotel Auberge de Poteaupré, que fica no mesmo complexo do restaurante e da abadia.

Hotel Auberge de Poteaupre

O Hotel é temático e não nos deixa esquecer que estamos sob os domínios da famosa cerveja Chimay. No frigobar do nosso quarto, tínhamos à nossa disposição cervejas à 2 euros a garrafa. O sonho de qualquer amante de cerveja. 

Frigobar do nosso quarto (quarto Chimay Bleue)

Deixamos nossa bagagem no quarto e fomos pro restaurante da Chimay, logo abaixo do hotel. Na entrada, uma lojinha com produtos da marca, como queijos, camisas, bonés e tudo mais o que combina com cerveja.

Produtos antigos, apresentados como um museu da marca

Os queijos produzidos na própria abadia.

Já no restaurante, pedimos uma “tabua” de degustação de cervejas e descobrimos que eles têm uma cerveja especialmente produzida para os clientes do restaurante, que não é vendida em nenhum outro lugar do mundo. Então, se vocês quiserem provar a cerveja Chimay Spéciale Poteaupré, convido-os a visitar o restaurante.


Tábua” de degustação

Pra acompanhar a nossa tábua de cervejas, tivemos a difícil missão de escolher uma das tentadoras entradas do cardápio. Depois de muita indecisão, escolhemos a tábua de queijos locais. 





Como prato principal, eu fiquei com um belo salmão grelhado com legumes, enquanto a Roberta pediu um prato à base de camarões e molho de tomate, que ela classificou como: “O melhor molho de tomates da minha vida”. 


No final do jantar, vimos que o cardápio, que é recheado de histórias e informações importantes (sobre as cervejas belgas) é feito para ser levado de recordação. Pra fechar a noite, deixo a nossa lembrança do restaurante.


Freezer do restaurante

Nosso café da manhã foi no mesmo restaurante, mas com uma vista reveladora. O terraço é super convidativo e segundo os funcionários, fica lotado durante todo o verão. 

Terraço do restaurante Chimay


Antes de seguirmos caminho rumo à Bruxelas, passamos na Abadia de Notre-Dame de Scourmont, onde ficam os culpados por nossa noite anterior. 



A entrada da abadia é linda, com um jardim japonês muito bem cuidado. Como não havia ninguém na recepção, entramos e demos de cara com um jardim mais bonito ainda, com árvores centenárias. 


Jardim da Abadia de Notre-Dame de Scourmont

Tivemos outra surpresa ao chegar no cemitério da Abadia, pois descobrimos que a cerveja e o queijo artesanais dão vida longa aos monges. As fazermos as contas, encontramos uma média altíssima dos nossos amigos cervejeiros, que vivem fácil, fácil, mais de 80 anos. 


Despedimos-nos desta simpática e deliciosa surpresa e fomos conferir a próxima cidade do roteiro: Bruxelas. 







Por Fabrício Bezerra. 





































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