sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Dicas - Bruxelas


Bruxelas

Sede da União Européia, se engana quem pensa que a Bélgica é só chocolate, cerveja e batata-frita. O país também é famoso por seus personagens célebres, dentre os quais podemos destacar o jornalista investigativo Tintin e seu fiel escudeiro Milu - criado por Hergé - , os queridos e azuis Smurfs (que não sei porque se chamam Schtroumpfs por lá) – criado por Peyo - , e pelo eterno Grande Dragão Branco, Jean Claude Van Damm

Selecionamos os pontos turísticos mais importantes para nós e planejamos nosso percurso pelo Museu Horta, Atomium e Grand-Place e arredores. É importante lembrar que existem muitos outros pontos interessantes em Bruxelas, como o Museu de Belas Artes (Musées Royaux des Beaux-Arts) e o Museu de Histórias em Quadrinhos (Centre Belge de La bande dessinée).





Tintin e Milu, Papai Smurf e Soldado Universal


Museu Horta

Com presença marcante na arquitetura da cidade, o estilo Art Nouveau foi criado na Bélgica, no século 19. Sendo assim, não poderíamos deixar de ir ao principal museu deste estilo no país, o Musée Horta, que era a residência do Arquiteto Victor Horta. Outro motivo muito importante para esta visita é que a Roberta, minha esposa, exigiu.

A casa foi pensada nos mínimos detalhes, desde a maçaneta das portas, até os corrimãos das escadas. Todos os móveis foram desenhados pelo arquiteto, que, além de usá-la como sua residência, também foi responsável por várias outras obras importantes na cidade, como Hôtel Tassel (junto com o Musée Horta, são patrimônio da UNESCO), o Museu de Histórias em Quadrinhos e o Palácio des Beaux-Arts (já no estilo Art-déco).

Infelizmente, o museu não autoriza fotografias no seu interior, logo, vamos ficar só com a foto da fachada, onde já é possível ver os detalhes do estilo nas portas e janelas.


Maison Horta (1898-1901) (Atualmente Musée Horta)


Grand-Place (Grote Markt)

Considerada por Victor Hugo (autor de Les Miserables) como a praça mais bonita do mundo, a Grand-Place é o centro turístico de Bruxelas. A praça abriga diversos prédios históricos, com belas fachadas de estilo barroco e flamenco. Vale a pena sentar e observar o todo e, depois, se aproximar de cada fachada, para reparar os detalhes (Se tiverem tempo, vale a pena voltar à praça à noite, pois os prédios recebem iluminação especial).

O Hôtel de Ville é o maior prédio da praça e é aqui que se encontra um dos pontos de informações turísticas da cidade. Bem em frente ao Hôtel de Ville, está localizado o Maison Du Roi, que abriga o Musée de La Ville. Além de peças que recontam a história da cidade, o museu também expõe as 650 roupas do Manneken-Pis, o clássico menino-mijão de Bruxelas.


Hotel de Ville

Antes de sair da praça, é preciso fazer uma parada estratégica na estátua d’Everard’t Serclaes, que marca o local onde morreu este defensor da cidade. Dizem que quem passa a mão na estátua terá sorte. Quem quiser, pode passar lá pra pegar um pouquinho de sorte e um muitão de bactérias. Há quem diga que tem tanta bactéria que uma mata a outra e, com isso, no final acaba tudo bem.

Mas não vai pensando que é só passar a mão e ir embora. Tem todo um ritual. Tem que passar a mão no cachorro, no escudo, na cabeça do anjo, na cabeça da estátua, deslizar a mão até seus pés e não se esqueçam do ratinho que fica próximo ao chão. Pra resumir, é só passar a mão em tudo que estiver brilhando (é só imitar o passador de mão antes de você). 


Estátua de Bronze que todo mundo passa a mão


Bem pertinho da praça, na rua ao lado do Hôtel de Ville, fica a famosa estátua do Manneken-Pis. Ninguém consegue explicar porque a estátua de um menino mijando numa fonte faz tanto sucesso, mas o fato é que ir em Bruxelas e não ver o Manneken-Pis é o mesmo que ir à Minas e não comer pão de queijo!!!

Outro detalhe é que desde 1700, o manequinho é vestido e despido todos os dias. No dia em que o visitamos ele estava devidamente caracterizado de jogador de baseball.


Manneken-Mijão

Já que estávamos perto da praça, resolvemos dar uma passada na galeria Saint-Hubert. Com seu lindo teto de aço e vidro, a galeria foi a primeira grande galeria da Europa e conta com dois cine-teatros, além de várias lojas e cafés. Vale a pena conferir, nem que seja só pra admirar o belo teto.



Galeria Saint-Hubert



Durante o passeio pela Grand-Place e seus arredores, passamos por diversas lojas de chocolates. Compramos um saquinho com sabores diversos e continuamos nosso percurso.

Pros chocólatras, segue a lista dos Top 10:

  1. Léonidas
  2. Godiva
  3. Neuhaus
  4. Corné Toison d’Or
  5. Wittamer
  6. Pierre Marcolini
  7. Mary
  8. Galler
  9. Biscuiterie Dandoy
  10. Jules Destrooper



Vitrine da Godiva 



Atomium

Construído em 1958, para a Exposição Universal (a mesma que construiu a torre Eiffel), esta gigantesca molécula de ferro (cúbica de corpo centrado – CCC, não podia deixar de citar) fica há poucos minutos do centro de Bruxelas.

Citada por muitos como uma das grandes roubadas de Bruxelas (disputa o posto com o manequinho), o Atomium merece a visita, nem que seja pra tirar uma foto aos seus pés.



O Atomium (Cúbico de corpo centrado)


Nós subimos e pudemos conhecer os detalhes de sua construção, através de vídeos e maquetes, além de presenciar uma exposição do arquiteto brasileiro Sérgio Bernardes. Também é possível pegar um elevador e conferir a vista dos arredores no terraço panorâmico, que conta ainda com um belo restaurante.

Depois de sair de Bruxelas, seguimos nosso caminho na direção de Gent.

Um abraço e até breve.





Por Fabrício Bezerra, irmão da Paty


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