Bruxelas
Sede da União Européia, se engana quem pensa que a Bélgica é só chocolate, cerveja e batata-frita. O país também é famoso por seus personagens célebres, dentre os quais podemos destacar o jornalista investigativo Tintin e seu fiel escudeiro Milu - criado por Hergé - , os queridos e azuis Smurfs (que não sei porque se chamam Schtroumpfs por lá) – criado por Peyo - , e pelo eterno Grande Dragão Branco, Jean Claude Van Damm
Selecionamos os pontos turísticos mais importantes para nós e planejamos nosso percurso pelo Museu Horta, Atomium e Grand-Place e arredores. É importante lembrar que existem muitos outros pontos interessantes em Bruxelas, como o Museu de Belas Artes (Musées Royaux des Beaux-Arts) e o Museu de Histórias em Quadrinhos (Centre Belge de La bande dessinée).
Tintin e Milu, Papai Smurf e Soldado Universal
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Museu Horta
Com presença marcante na arquitetura da cidade, o estilo Art Nouveau foi criado na Bélgica, no século 19. Sendo assim, não poderíamos deixar de ir ao principal museu deste estilo no país, o Musée Horta, que era a residência do Arquiteto Victor Horta. Outro motivo muito importante para esta visita é que a Roberta, minha esposa, exigiu.
A casa foi pensada nos mínimos detalhes, desde a maçaneta das portas, até os corrimãos das escadas. Todos os móveis foram desenhados pelo arquiteto, que, além de usá-la como sua residência, também foi responsável por várias outras obras importantes na cidade, como Hôtel Tassel (junto com o Musée Horta, são patrimônio da UNESCO), o Museu de Histórias em Quadrinhos e o Palácio des Beaux-Arts (já no estilo Art-déco).
Infelizmente, o museu não autoriza fotografias no seu interior, logo, vamos ficar só com a foto da fachada, onde já é possível ver os detalhes do estilo nas portas e janelas.
Maison Horta (1898-1901) (Atualmente Musée Horta)
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Grand-Place (Grote Markt)
Considerada por Victor Hugo (autor de Les Miserables) como a praça mais bonita do mundo, a Grand-Place é o centro turístico de Bruxelas. A praça abriga diversos prédios históricos, com belas fachadas de estilo barroco e flamenco. Vale a pena sentar e observar o todo e, depois, se aproximar de cada fachada, para reparar os detalhes (Se tiverem tempo, vale a pena voltar à praça à noite, pois os prédios recebem iluminação especial).
O Hôtel de Ville é o maior prédio da praça e é aqui que se encontra um dos pontos de informações turísticas da cidade. Bem em frente ao Hôtel de Ville, está localizado o Maison Du Roi, que abriga o Musée de La Ville. Além de peças que recontam a história da cidade, o museu também expõe as 650 roupas do Manneken-Pis, o clássico menino-mijão de Bruxelas.
Hotel de Ville
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Antes de sair da praça, é preciso fazer uma parada estratégica na estátua d’Everard’t Serclaes, que marca o local onde morreu este defensor da cidade. Dizem que quem passa a mão na estátua terá sorte. Quem quiser, pode passar lá pra pegar um pouquinho de sorte e um muitão de bactérias. Há quem diga que tem tanta bactéria que uma mata a outra e, com isso, no final acaba tudo bem.
Mas não vai pensando que é só passar a mão e ir embora. Tem todo um ritual. Tem que passar a mão no cachorro, no escudo, na cabeça do anjo, na cabeça da estátua, deslizar a mão até seus pés e não se esqueçam do ratinho que fica próximo ao chão. Pra resumir, é só passar a mão em tudo que estiver brilhando (é só imitar o passador de mão antes de você).
Estátua de Bronze que todo mundo passa a mão
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Bem pertinho da praça, na rua ao lado do Hôtel de Ville, fica a famosa estátua do Manneken-Pis. Ninguém consegue explicar porque a estátua de um menino mijando numa fonte faz tanto sucesso, mas o fato é que ir em Bruxelas e não ver o Manneken-Pis é o mesmo que ir à Minas e não comer pão de queijo!!!
Outro detalhe é que desde 1700, o manequinho é vestido e despido todos os dias. No dia em que o visitamos ele estava devidamente caracterizado de jogador de baseball.
Manneken-Mijão
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Já que estávamos perto da praça, resolvemos dar uma passada na galeria Saint-Hubert. Com seu lindo teto de aço e vidro, a galeria foi a primeira grande galeria da Europa e conta com dois cine-teatros, além de várias lojas e cafés. Vale a pena conferir, nem que seja só pra admirar o belo teto.
Galeria Saint-Hubert
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Durante o passeio pela Grand-Place e seus arredores, passamos por diversas lojas de chocolates. Compramos um saquinho com sabores diversos e continuamos nosso percurso.
Pros chocólatras, segue a lista dos Top 10:
- Léonidas
- Godiva
- Neuhaus
- Corné Toison d’Or
- Wittamer
- Pierre Marcolini
- Mary
- Galler
- Biscuiterie Dandoy
- Jules Destrooper
Vitrine da Godiva
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Atomium
Construído em 1958, para a Exposição Universal (a mesma que construiu a torre Eiffel), esta gigantesca molécula de ferro (cúbica de corpo centrado – CCC, não podia deixar de citar) fica há poucos minutos do centro de Bruxelas.
Citada por muitos como uma das grandes roubadas de Bruxelas (disputa o posto com o manequinho), o Atomium merece a visita, nem que seja pra tirar uma foto aos seus pés.
O Atomium (Cúbico de corpo centrado)
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Nós subimos e pudemos conhecer os detalhes de sua construção, através de vídeos e maquetes, além de presenciar uma exposição do arquiteto brasileiro Sérgio Bernardes. Também é possível pegar um elevador e conferir a vista dos arredores no terraço panorâmico, que conta ainda com um belo restaurante.
Depois de sair de Bruxelas, seguimos nosso caminho na direção de Gent.
Um abraço e até breve.
Por Fabrício Bezerra, irmão da Paty
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